Artigo

Todos os "Olá, eu amo-te!" que não te posso enviar

Sabes quanto vale um abraço sincero, apaixonado que queria viver, que te queria oferecer neste momento? Não interessava o local, se estavam milhares de pessoas ou ninguém a olhar ao redor, mas sim a força dos sentimentos, que é invisível, mas que tranquiliza o coração quando está a explodir de saudade de te ver, de falar que ama e não poder.

Eu não procuro momentos, mas sim permanências, e o meu único erro que quero cometer todos os dias contigo é passar horas a ouvir-te respirar, perder o meu tempo a ganhar momentos eternos, poder esconder os meus dedos do meio do teu cabelo e assim não sentir mais frio, sentir-me protegido por ter encontrado o paraíso no aconchego do teu ombro, tudo o que sempre imaginei, ser milionário de sentimentos.

Tento-te provar todos os dias que os poemas que escrevo, as prosas que escrevo, são pequenos abraços que o meu coração queria-te oferecer, mesmo longe, porque estará sempre em silêncio a pedir para te ver, para falar com quem ama, mas no fundo não tem coragem de tos entregar, com respeito à promessa que fez contigo de não te incomodar, nunca mais falar desse assunto, e por isso ter medo de se enganar e em vez de dizer “ola, tudo bem?” dizer com sinceridade “olá, amo-te!”.

As promessas são para cumprir, como aquela que te disse uma vez que te iria amar para sempre quando estávamos sós, nós os dois, a olhar um para o outro, em silêncio.

No entanto despeço-me de mais uma dessas prosas. Pode ser mais uma declaração de amor estúpida para quem lê e não sente o amor no dicionário, nas palavras, mas foi escrita por uma pessoa que sonhava, que sonha demais, que tinha todos os dias uma folha especial à sua frente e que acabava por adormecer com a sorte que tem em poder adormecer a pensar em ti, 365 ou 366 dias por ano.

1 JAN, 2017 0

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